Em tempos de culto ao irretocável e valorização de
tudo o que é perfeito, ousamos mover o olhar para outra direção e enxergar as
imperfeições como conquistas humanas. Acreditamos que essa é uma forma de
valorizar os detalhes que nos tornam únicos, inimitáveis e genuínos.
A coleção Paradoxo da Maria Dolores foi inspirada no
Kintsugi, arte japonesa que recupera a cerâmica quebrada utilizando ouro. Nessa
técnica secular, cada desalinho passa a ser valorizado e reconhecido levando em
conta a sua história e transformando o que era defeito em um detalhe singular.
Como referência a essa arte, as joias da coleção trazem a irregularidade no
metal, enfatizando as marcas que evocam o desgaste do tempo.
As pedras da coleção Paradoxo trazem cores que se
fundem, como cristal grafitado, howlita, ágata de fogo e ágata preta. Elas
representam as diversas identidades e suas diferenças, um reflexo da nossa
natureza imperfeita e única.
A arte por trás da coleção Paradoxo revela que a
verdadeira harmonia está nas cicatrizes e nas falhas que nos diferenciam.
Detalhes que se transformam em nossas marcas, símbolos de personalidade e parte
importante da construção do que somos de verdade. Porque a real beleza não
esconde os defeitos, ela se veste deles.
Mais que uma coleção, Paradoxo é uma metáfora da
importância da aceitação, do amor próprio e dos encantos que passam
despercebidos na ânsia pela estética ideal.